quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Eu adoro assessoria

Funciona. Você liga, diz o que precisa, e eles conseguem. Um sociólogo para analisar Curitiba nos anos 60. Uma escola infantil que use merendas naturais. Um determinado tipo produto que contenha algo que você vai usar na matéria. São as formiguinhas do jornalismo. Procuram, futucam e entregam o peixe. Voilà! E o texto fica lindo.

Quinta-feira, 08 de janeiro. Ligo para uma assessoria procurando por um especialista em determinada área de uma instituição específica. Opto por tal instituição justamente porque preciso do atendimento rápido e certeiro que o assessor dará. O tema é ensino e no início do ano todos os professores estão em recesso. Preciso contar com a varinha de condão do assessor.

Funciona como uma sanduicheria em que você escolhe o pão, o molho, o recheio. Especialista de tal área, para falar sobre tal assunto, para amanhã de tarde. Ok, até as 16h eu terei a minha resposta. E consigo.

Já passei por assessoria e reportagem. Prestei auxílio e fui auxiliada. Mas que o assessor deve ter qualidades que um repórter não tem.

Ele deve estar desprendido de vaidades. Vai ajudar outro profissional a fazer o trabalho e por vezes é justo o outro que recebe todo o reconhecimento. O assessor deve portar-se como um secretário ou produtor. E o repórter deve usar tal serviço com parcimônia, para não virar refém da preguiça.

Outras vezes a situação se inverte. O assessor nunca deixa o repórter chegar aos dados. Vira briga de gato e rato. Um futebol americano. A luta por uma informação em nome do público leitor. Se esconde, é porque aí tem.

Duas áreas distintas que se completam, se ajudam. O repórter precisa do entrevistado e o assessor precisa que seu cliente saia no jornal. Simbiose. Até que a vaidade os separe.

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